Sabem porque é que grande parte dos investidores perde dinheiro no mercado?
Precisamente por isto.

A eterna necessidade de justificar movimentos de curto prazo. Uns dizem que é o Trump, outros a China, a exposição à Turquia ou até uma cólica de um qualquer membro do BCE.

Quem se fia e guia por estas “ondas” de (des)informação NUNCA vai conseguir obter resultados consistentes, NUNCA.

O resultado vai ser quase sempre negativo.
Se me disserem que os resultados trimestrais, empolados, acima do esperado, fizeram subir o preço das cotadas, e que olhando para os fundamentais (aqueles números que ninguém gosta) a maioria das empresas está CARA e que é normal que corrijam, a música até era mais bonita de se ouvir.

Quem quer ter sucesso no mercado não pode, nem deve estar preocupado com os
movimentos de curto prazo, se tiver feito uma correta análise dos fundamentais, sabe qual o valor real da empresa (book value) e se esta está cara ou barata. Podendo desta forma posicionar a sua carteira em função do preço de mercado.
Passar o tempo preocupado com movimentos diários normais, sim porque é um mercado,
dinâmico, não é estático, e quem com estes movimentos passa o tempo a tentar vender para recomprar mais barato, para além do stress ainda tem o contra de ver o património delapidado pelas constantes comissões de negociação pagas às corretoras (esta é a parte em que sou fuzilado).

Se realmente acham que devem tomar alguma atitude, se não tiverem as posições protegidas, é altura de o fazer. Existem N derivados com que podem fazer hedge, nomeadamente os CFDs que tantos criticam, talvez porque não os saibam usar. (Nunca vi um cfd SOZINHO “rebentar” uma conta!)

Isto faz parte do tal plano/estratégia de investimento, que muito poucos usam.
Deixem de criar filmes onde eles nem existem e acima de tudo, num mercado como o
accionista, parem de olhar para a floresta e comecem a concentrarem-se nas árvores, individualmente. Depois passem para as espécies e só por fim é que olham para floresta como um todo.

Se conhecerem bem as empresas em que investem, sabendo os planos, projetos, dados financeiros, e forem conhecendo o sector onde atuam, com as suas dinâmicas, sazonalidade e características, não precisam de estar preocupados com o resto.

A história diz-nos que, a prazo, o preço das empresas tem sempre tendência a convergir para os seus valores fundamentais. O resto….bem o resto é ruído!